terça-feira, 16 de novembro de 2010

Enquanto...



"Enquanto a vida vai e vem,
Você procura achar alguém,
Que um dia possa lhe dizer
- Quero ficar só com você!"

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Entrelinhas...

Disse não ter visto;
Disse não ter sentido;
Disse nem ter procurado...
 ..ao contrario do que pensam
O AMOR é para poucos;
Não se vê, não se sente;
(nem tem sentido)
E não há como procurar;
Há em SABER encontrar
Há em SABER SENTIR:
                 SABER SER;
                               SER.  
        
    

Ah,

Se tu soubesses
como sou tão carinhoso
e o muito, o muito que te quero...

( Pixinguinha )

* Do Blog Letras&Sinestesia *

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

*O Caçador de Pipas* (Hosseini Khaled)

...Descobri que não é verdade o que dizem a respeito do passado,
essa história de que podemos enterrá-lo. 
Porque, de um jeito ou de outro, ele sempre consegue escapar[...].
"Existe apenas um pecado, um só. E esse pecado é roubar. 
Qualquer outro é simplesmente a variação do roubo. 
Quando você mata um homem, está roubando uma vida. 
Está roubando da esposa, o direito de ter um marido,
roubando dos filhos um pai. Quando mente,
está roubando de alguém o direito de saber a verdade. 
Quando trapaceia, está roubando o direito à justiça [...]"


"Era uma vez..."

Era uma vez... As histórias maravilhosas começam assim. Não importa o tamanho delas. Se começam por era uma vez, são sempre maravilhosas.
Pois era uma vez um homem. Um homem pobre que de precioso só tinha um cálice.
Nele, ele bebia a água do riacho que passava próximo à sua casa. Nele, bebia leite, quando o conseguia, em troca de algum trabalho.
Era pobre, mas feliz. Feliz com sua esposa, que o amava. Feliz em sua pequena casa, que o sol abraçava nos dias quentes, tornando-a semelhante a um forno.
Feliz com a árvore nos fundos do terreno, onde escapava da canícula.
Saía pelas manhãs em busca de algum trabalho que lhe garantisse o alimento a ele e à esposa, a cada dia.
Assim transcorria a vida, em calma e felicidade. Nas tardes mornas, quando retornava ao lar, era sempre recebido com muita alegria.
Era um homem feliz. Trazia o coração em paz, sem maiores vôos de ambição.
Então, um dia... Sempre há um dia em que as coisas acontecem e mudam o rumo da História.
Pois, nesse dia, nem ele mesmo sabendo o porquê, uma lágrima caiu de seus olhos, dentro do cálice.
De imediato, o homem ouviu um pequeno ruído, como de algo sólido, que bateu no fundo do recipiente.
Olhou e recolheu entre os dedos uma pérola. Sua lágrima se transformara em uma pérola.
Então, o homem pensou que poderia ficar muito rico se chorasse bastante.
Como não tinha motivos para chorar, ele começou a criá-los. Precisava se tornar uma pessoa triste, chorosa, para enriquecer.
Com o dinheiro da venda das pérolas pensava comprar lindas roupas para sua esposa, uma casa mais confortável, propriedades, um carro.
E assim foi. Ele começou a buscar motivos para ficar triste e para chorar muito.
Conseguiu muitas riquezas. Ele poderia tornar a ser feliz. No entanto, desejava mais.
As pequenas coisas que antes lhe ofertavam alegrias, agora, de nada valiam.
Que lhe importava o raio de sol para se aquecer no inverno? Com dinheiro, ele mandou colocar calefação interna em toda sua residência.
Por que aguardar os ventos generosos para arrefecer o calor nos dias de verão? Com dinheiro, ele pediu para ser instalado ar condicionado em toda a sua casa.
E no carro, e no escritório que adquiriu para gerir os negócios que o dinheiro gerara.
E a tristeza sempre precisava ser maior. Do tamanho da ambição que o dominava.
Nunca era o bastante. Os afagos da esposa, no final do dia e nos amanheceres de luz deixaram de ser imprescindíveis.
Ele não podia perder tempo. Precisava chorar. Precisava descobrir fórmulas de ficar mais triste e derramar mais lágrimas.
Finalmente, quando o homem se deu conta, estava sem esposa, sem amigos. Só... Com seu dinheiro, toda sua imensa fortuna.
Chorando agora, estava tão desolado, que nem mais se importava em despejar o dique das lágrimas no cálice.
A depressão tomara conta dele e nada mais tinha significado.
A história parece um conto de fadas. Mas nos leva a nos perguntarmos quantas vezes desprezamos os tesouros que temos, indo à cata de riquezas efêmeras.
Pensemos nisso e não desperdicemos os valores verdadeiros de que dispomos. Nem pensemos em trocá-los por posses exageradas.
A tudo confiramos o devido valor, jamais perdendo nossa alegria.
Haveres conquistados à troca de infelicidade somente geram infelicidade.